O sistema de franquia tem crescido a passos largos, esse crescimento tanto se deve ao aumento do número de unidades das franquias existentes, em função do fenômeno da interiorização das grandes marcas. Não são só as capitais que têm as marcas renomadas, as cidades localizadas no interior recebem as marcas que só eram vistas nos grandes centros. Mas também pela abertura de novas redes de franquias.
O princípio da franquia é justamente esse, alcançar cada vez mais pessoas para atender aos anseios dos consumidores em diversos mercados. Mas há outro princípio também muito importante na franquia: replicar o conceito do negócio mesmo que esteja muito distante.
Nesse momento entra o fator decisivo de toda franquia: A CARA DO FRANQUEADOR. Isso mesmo, uma franquia precisa replicar a cara do franqueador. O problema começa quando o franqueador não percebe essa necessidade. O negócio original funciona bem e as unidades franqueadas não atingem o mesmo resultado. O diagnóstico dessa situação é muito comum. O negócio não tem a cara do franqueador. Em outras palavras, o franqueador não tem o perfil necessário para o bom funcionamento da rede.
A Cara do Franqueador tem que entender a necessidade de ser um líder por excelência. Um líder age sempre pelo exemplo, ou seja, não vale “faça o que eu mando e não faça o que eu faço”. O franqueador tem que ser do tipo: Faça o que eu Faço. Outro dia estava numa reunião de um franqueador de alta performance e o candidato a franquia perguntou: Quantas horas preciso dedicar por dia no negócio. A resposta dele foi a melhor possível. Ele disse: “Eu trabalho 14h por dia, chego antes das 8 e saio depois das 22h...” . O franqueador demonstrou ao franqueado como funciona o negócio. Faça o que eu faço. O negócio tem a cara do franqueador.
Também tive outra oportunidade de acompanhar, numa feira de franquia, um franqueador que não entende a importância do quanto seu exemplo reflete no resultado da franquia. Cada interessado na franquia que chegava e queria saber do negócio, o franqueador se esquivava e deixava a funcionária explicar sobre o negócio. O candidato que ver a cara do franqueador, quer espelhar-se nele. Esse comportamento do franqueador não mudou quando as primeiras unidades franqueadas começara e isso acabou fazendo com que os franqueados desistissem do negócio. Afinal de contas não tinha a cara de ninguém. Li, numa matéria da PEGN, um comportamento exatamente oposto de um diretor do McDonald´s. O organizardor da feira perguntou a esse diretor porque ele ficava no stand atendendo pessoas que entravam numa fila para saber sobre a franquia, afinal de contas as pessoas verdadeiramente interessadas e com condições financeiras de adquirir uma franquia do Mc não entrariam numa fila enorme para obter informações. O diretor do Mc respondeu: “Não estava vendendo franquia, estava vendendo hamburgers”. Cada pessoa atendida por ele, ao saber da história do restaurante, saia com a vontade de consumir. Isso é o verdadeiro conceito que todo franqueador precisa entender e colocar a cara no negócio: A Cara do Franqueador.
Um franqueador precisa entender isso, para ter um negócio de sucesso é preciso estar à frente e ser o exemplo. O negócio tem que ter a Cara do Franqueador.
Ito Siqueira